No site do youtube, no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=k7NELFAXstk&feature=related
Você pode assistir uma palestra do Eckhart sobre o corpo de dor, imperdível!
Enquanto você for incapaz de aceder ao poder do Agora, todas as dores emocionais que experimentar deixarão atrás de si um resíduo de dor que continuará a viver
Essa dor acumulada é um campo de energia negativa que ocupa o seu corpo e a sua mente. Se a considerar como uma entidade invisível autónoma, estará bem próximo da verdade. É o corpo de dor emocional. Tem dois modos de ser: latente e activo. Um corpo de dor poderá estar latente durante 90 por cento do tempo; no entanto, numa pessoa profundamente infeliz, poderá estar activo até 100 por cento do tempo.
Algumas pessoas vivem quase inteiramente no seu corpo de dor, enquanto que outras o sentem unicamente em determinadas situações, como por exemplo no caso de um relacionamento íntimo, ou em situações ligadas a uma perda ou a um abandono passados, a sofrimentos físicos ou emocionais, e assim por diante. Qualquer coisa o pode desencadear, principalmente se estiver em ressonância com um padrão de dor do seu passado. Quando está pronto a despertar do seu estado dormente, basta um pensamento ou um reparo inocente feito por alguém próximo de si para o activar.
Alguns corpos de dor são irritantes, mas relativamente inofensivos, como por exemplo uma criança que não pára de choramingar. Outros são monstros perversos e destrutivos, verdadeiros demónios.
Alguns são fisicamente violentos; muitos mais são emocionalmente violentos. Alguns atacarão as pessoas que o rodeiam ou lhe são íntimas, enquanto que outros o atacarão a si, seu hospedeiro. Os pensamentos e os sentimentos que você tem a respeito da sua vida tornar-se-ão então profundamente negativos e autodestrutivos. Doenças e acidentes são muitas vezes criados desta forma. Há corpos de dor que levam os seus hospedeiros ao suicídio.
Quando você pensa que conhece uma pessoa e de repente se vê confrontado com uma criatura estranha e maldosa pela primeira vez, isso choca-o bastante.
No entanto, é mais importante que observe isso em si próprio do que em qualquer outra pessoa. Fique atento a qualquer sinal de infelicidade dentro de si, tome ele a forma que tomar — poderá tratar-se do despertar do corpo de dor. Poderá tomar a forma de irritação, de inquietação, de um estado de espírito melancólico, de um desejo de magoar, de ira, de raiva, de depressão, de uma necessidade de fazer um drama do seu relacionamento, e outras coisas semelhantes. Agarre-o assim que ele sair do seu estado de latência.
O corpo de dor quer sobreviver, exactamente como qualquer outra entidade, mas só poderá sobreviver se conseguir que você se identifique inconscientemente com ele. Poderá então erguer-se, tomar conta de si, "tornar-se você" e viver através de si.
Precisa de obter "alimentos" através de si. Alimentar-se-á de qualquer experiência que esteja em ressonância com a sua própria energia, com tudo o possa criar mais dor, seja sob que forma for: ira, poder de destruição, ódio, pesar, drama emocional, violência, e até mesmo doença. Deste modo, o corpo de dor, ao tomar conta de si, criará uma situação na sua vida que reflectirá a sua própria frequência de energia para ele se alimentar. A dor só se pode alimentar de dor. A dor não se pode alimentar de alegria. Acha que esta última é bastante indigesta.
Assim que o corpo de dor tomar conta de si, você vai querer mais dor. Tornar-se-á uma vítima ou um agressor. Vai querer infligir dor, ou sofrer dor; ou ambas as coisas. Na realidade não há grande diferença entre sofrer e infligir dor.
É claro que você não terá consciência disso e afirmará com toda a convicção que não quer dor. Mas olhe atentamente e verá que o seu pensamento e o seu comportamento estão destinados a perpetuar a dor, para si e para os outros. Se você estivesse verdadeiramente consciente, o padrão seria desfeito, porque querer mais dor é insensatez e ninguém é conscientemente insensato.
Na verdade, o corpo de dor, que é a sombra escura projectada pelo ego, tem medo da luz da sua consciência. Tem medo de ser descoberto. A sobrevivência dele depende da sua identificação inconsciente com ele, assim como do seu medo inconsciente de enfrentar a dor que vive dentro de si. Mas se você não a enfrentar, se não lançar a luz da sua consciência sobre a dor, será forçado a revivê-la constantemente. O corpo de dor poder-lhe-á parecer um monstro perigoso para o qual não suporta olhar, mas eu garanto-lhe que ele é um fantasma insubstancial que não pode vencer o poder da sua presença.
Alguns ensinamentos espirituais afirmam que, em última análise, toda a dor é uma ilusão, e isso é verdade, mas a questão é: isso é verdade para si? Uma mera convicção não a torna verdadeira. Quer ter a experiência da dor para o resto da sua vida e continuar a dizer que é uma ilusão? Isso libertá-lo-á da dor? Aquilo que nos preocupa aqui é a maneira de o fazer entender essa verdade – isto é, torná-la real na sua própria experiência.
Ora bem, o corpo de dor não quer que você o observe atentamente e reconheça aquilo que ele é. No momento em que o observar, em que sentir o campo de energia dele dentro de si e lhe prestar atenção, a identificação rompe-se. Você atinge uma dimensão mais elevada de consciência. Eu chamo-lhe presença. Você passa a ser a testemunha ou o observador do corpo de dor, o que significa que ele vai deixar de o poder usar, identificando-se consigo, e vai deixar de se alimentar através de si. Você terá descoberto a sua própria força interior. Terá acedido ao poder do Agora.
Que acontece ao corpo de dor quando nos tornamos suficientemente conscientes para rompermos a nossa identificação com ele?
É a inconsciência que o cria: a consciência transmuta-o em si própria. S. Paulo exprimiu magnificamente este princípio universal: "Tudo é revelado quando exposto à luz, e tudo o que for exposto à luz tornar-se-á luz."
Da mesma maneira que não se pode lutar contra as trevas, também não se pode lutar contra o corpo de dor. Tentar fazê-lo provocaria um conflito interior e portanto mais dor. Basta examiná-lo.
Examiná-lo significa aceitá-lo como parte do que é nesse momento.
O corpo de dor consiste em energia de vida aprisionada que se separou do seu campo de energia total e se tornou temporariamente autónoma através do processo artificial de identificação com a mente. Virou-se para dentro e voltou-se contra a vida, à semelhança de um animal que tenta devorar a própria cauda. Porque é que acha que a nossa civilização se tornou tão destrutiva, ameaçando a própria vida? Mas até mesmo as forças que destroem a vida continuam a ser energia de vida.
Quando começar a deixar de se identificar com ele e se tornar o observador, ainda assim o corpo de dor continuará a funcionar durante algum tempo e tentará levá-lo a identificar-se novamente com ele. Se bem que você tenha deixado de lhe fornecer energia através da sua identificação com ele, ele tem um certo ímpeto, tal como uma roda de fiar que continua a rodar durante algum tempo depois de deixar de ser impulsionada.
Nesta fase, o corpo de dor também lhe poderá provocar mal-estar e dores em várias partes do corpo, mas estas não serão prolongadas. Continue presente, continue consciente. Seja o guardião sempre alerta do seu espaço interior. Você precisa de estar suficientemente presente para poder observar directamente o corpo de dor e sentir a sua energia. Dessa forma, ele não poderá controlar o seu pensamento. No momento em que o seu pensamento estiver alinhado com o campo de energia do corpo de dor, você identificar-se-á com ele e voltará a alimentá-lo com os seus pensamentos.
Por exemplo, se a ira for a vibração predominante da energia do corpo de dor; e se você tiver pensamentos irados, pensando obsessivamente no que alguém lhe terá feito ou no que você lhe fará, então é porque você se tornou inconsciente e o corpo de dor tomou posse de si. Onde houver ira, haverá sempre dor subjacente.
Ou quando você se sentir melancólico e começar a seguir um padrão mental negativo e a pensar que a sua vida é terrível, tal acontece porque o seu pensamento ficou alinhado com o corpo de dor e você se tornou inconsciente e vulnerável ao ataque do corpo de dor. Por "inconsciente"quero dizer estar identificado com determinado padrão mental ou emocional. Significa uma completa ausência do observador.
Uma atenção consciente e constante corta o elo entre o corpo de dor e os seus processos de pensamento e provoca o processo de transmutação. É como se a dor se transformasse em combustível para a chama da sua consciência que, como resultado, arde então com mais intensidade. É este o significado esotérico da antiga arte da alquimia: a transmutação do metal em ouro, do sofrimento
Depois, cabe-lhe a si a responsabilidade de não criar mais dor.
Resumindo: concentre a sua atenção no sentimento que tem dentro de si; reconheça que é o corpo de dor; aceite que ele esteja lá.
Não pense nele – não deixe que o sentimento se transforme
Depois, veja o que acontece. Para muitas mulheres, o corpo de dor desperta alguns dias antes da menstruação. Mais adiante falarei da razão de ser deste facto. Neste momento, deixe-me dizer apenas isto: se, nessa altura, você for capaz de ficar vigilante e presente e se observar atentamente tudo o que sente dentro de si, em vez de se deixar dominar pelo que sente, esta será uma oportunidade para uma poderosíssima prática espiritual, tornando-se possível uma rápida transmutação de toda a dor passada.
O PODER DO AGORA
GUIA PARA O CRESCIMENT0 ESPIRITUAL.
Muito bacana o vídeo!!
ResponderExcluirAdorei essa postagem. Mesmo tendo lido o livro, relembrei algumas coisas que já havia esquecido. Obrigado Dede. Muita Luz e PAZ!
ResponderExcluirGRATIDAÕ POR ESTA POSTAGEM.
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